INVERNO
Hoje chegou o inverno aqui no Sul, depois de um verão muito quente, finalmente podemos vestir aquele blusão de lã, ou um cachecol e até mesmo uma touca. Época de quentão, vinhos, e todas bebidas quentes que conhecemos, tempo de sopas, fondue, e tudo que já é tradicional.
É nessa estação que nós, solteiros, começamos a sentir falta de algo, falta aquele cobertor de orelha, aquele corpo quente, ou aquele abraço que nos esquenta até os pés. São nesses dias que mais nos sentimos sós, que paramos para pensar na vida, nos motivos do qual não estamos com alguém, nas antigas namoradas e quando é que vamos encontrar alguém especial. Saímos menos, portanto são menos as chances de encontrarmos alguém, por vezes ficamos reclusos por causa de chuvas, geadas e até granizos.
Mas nem tudo está perdido, geralmente logo encontramos alguém, que legal, ficamos gamados, dormimos juntos, saímos juntos, dividimos os bolsos, os copos, os corpos, ah, será que estou apaixonado?
É, mas o inverno logo se vai, começar a esquentar, 30, 35 graus, roupas minúsculas, sedução, tesão...
Oba, é verão, e eu, solteiro de novo!
COISAS DA ERA DIGITAL
Na era da foto digital,
Já tinha virado rotina, era sempre assim: conhecia, beijava, arrastava, casa, cama, sexo-foto ou foto-sexo, nisso não tinha uma ordem certa. As fotos iam se acumulando e ele viu então que tinha que se vangloriar desses “feitos” decidiu então abrir seu fotolog (álbum digital), criou então uma identidade secreta: “O comedor da Cyber-Shot”, só poucos de seus amigos sabiam do endereço do seu fotolog. Para incrementar decidiu criar critérios para classificar seus casos, para Vânia, por exemplo: seios: 5,0, bumbum 6,0, papo 3,0 e na cama 7,0, e assim foi, cada moça tinha uma foto nua, com o rosto coberto por uma tarja que ele mesmo colocava quando o mesmo aparecia, com sua nota e observações finais. Passado um tempo,
No outro dia, como já era de costume, lá foi ele postar em seu álbum e dar as devidas avaliações a Raquel, de cara estranhou que na página inicial, no menu de atualizados recentemente, tinha uma foto que não lhe parecia estranha, decidiu então entrar para dar uma olhada, e ao abrir a página,
Naquele dia
ROGER E A FIDELIDADE
Roger era um rapaz mulherengo, o famoso "galinha", não queria nem saber, deu alguma entrada: "créu", podia ser casada, viúva, noiva ou solteira, não sendo muito feia era bola na rede. O curioso é que isso lhe atraía cada vez mais mulheres, mesmo não sendo um príncipe grego ela as escolhia a dedo pela aparência, alguma coisa tinha que ter, se fosse feia tinha que ser gostosa e se não fosse gostosa tinha que ser linda, seus amigos e até ele mesmo as vezes se surpreendiam por algumas beldades que ela "pegava".
Sua vidinha ia muito bem obrigado até encontrar Sinara, uma loirinha, baixinha, do jeito que ele gostava, foi lá, conquistou a menina, mas cometeu um grande erro, se apaixonou! Como estava gamado pela loira prometeu a si mesmo que iria ser fiel, pela primeira vez na sua vida seria fiel, largou a boemia, os jogos de futebol, as festas e nem os amigos acreditavam que ele pudesse mudar daquela maneira.
Passou um bom tempo de namoro, até que certo dia Sinara chamou Roger para uma conversa:
- Ro, eu te traí, me desculpa?
Roger ficou desolado, era o fim do mundo pra ele, tinha mudado tanto pra alguém e agora isso?
Ficou uns dois meses sem sair de casa, até que certo dia conheceu Gislaine, uma morena, alta, belo par de seios e corpo definido. Começou a ficar com ela e ainda um pouco fragilizado pelo tombo que sofreu com Sinara começou a se apaixonar novamente, resolveu que também não trairia Gislaine, porque talvez a última não valesse a pena mesmo.
Tudo ia bem até que certo dia Gi lhe chamou para uma conversa:
- Amore, eu te traí, gosto de outro, me perdoa?
A partir daquele dia Roger voltou a ser o maior mulherengo da região e nem sequer pensa na possibilidade de ser fiel novamente.
AMOR PELO CELULAR
Uma acadêmica na flor da idade, aquela beleza resplandecente saltando do seu peito, estava na sala de aula como habitualmente. A não ser por um detalhe curioso. Segurava com as duas mãos um objeto ainda não identificado apertando-o contra o vale dos seios e, de minuto em minuto, dava um gemido de prazer, acompanhado de um ruído vibrante. Os colegas de classe estavam (tão) entretidos na aula que nem perceberam o fato estranho. Estava frio e o sono insistia em dominá-los com os sonhos da noite etílica mal dormida. O professor esperto atentou ao comportamento diferente da bela aluna. Orgasmos múltiplos involuntários, pensou maliciosamente.
-O que você tem? O que está segurando junto ao peito? Está bem?
-Naum, prof! Eh soh o meu namoradu dandu tokinhu no celular!!! Ele me ama, naum?!
O professor ficou estupefato. Se isso é amor, eu posso fazer melhor, boneca - raciocinou o probo professor da nobre faculdade de Direito. O pobre escritor aqui pensa diferente - se isso é amor, eu não sei de mais nada...
Crédito: Psilocybe.
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PORQUE FIZEMOS SE NÃO QUEREMOS QUE NOS FAÇAM?
A partir daí tudo toma um caminho diferente, o primeiro a dizer “eu te amo”, geralmente é o que ama mesmo, e todos sabemos que, quem ama de verdade, demonstra: ciúme, inseguranças, fica bobo, entre outros sintomas, e é aí, quando percebemos que alguém nos ama demais, que começamos a ver que não gostamos tanto assim desta pessoa, a mesma coisa acontece ao contrário, quando demonstramos que gostamos demais de uma pessoa, começamos a ser, digamos assim... “Rejeitados”.
Ora, que sentimento mais complicado que é o amor, quer dizer, quando amamos, demonstramos amor, nos entregamos a alguém, não somos amados e ainda por cima muitas vezes maltratados, ainda dizemos para nós mesmos “nunca farei isso com uma pessoa”, só que basta alguém, se apaixonar por nós que fizemos o mesmo, ou até pior? Vá entender...
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